A Caverna - O Mundo das HQs

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Location: Jequié, Bahia, Brazil

Saturday, September 17, 2011

Stay Cool - Filme Assistido em 17/18 de setembro de 2011


Resolvi escrever sobre cada filme que assisto. Acho que não vou ter saco para fazer isto. Afinal, tem dia que vc não tá afim de escrever, tem dia que vc quer fazer algo mais além de ficar aqui... escrevendo sobre o filme que vc acaba de assistir. Enfim, hoje tô com saco e vamos lá.
O filme que vi foi Stay Cool (2009), nem me perguntem sobre o título em português porque não terei resposta. Provavelmente, o título deve ser um coisa idiota, criada por alguém que acha mais importante criar um título de efeito para chamar a atenção daqueles quem não a merecem.
Mas, como ia dizendo, achei perdido na net este filme e decidi fazer um download, já que seria impossível achá-lo em algum locadora de minha cidade ou, até mesmo, em alguma barraca de filmes piratas. Decidi baixá-lo porque a história contava algo ou relembrava algo que aconteceu numa "high-school". É incrível como até hoje tenho curiosidade e gosto de assistir a filmes que tem como tema central a escola de segundo grau. Os americanos adoram esse tema, são zilhões de filmes sobre amores juvenis, esteriótipos de estudantes, as cheerleaders, os nerds, os atletas, os drogados, todos tipinhos que povoam estes filmes. Stay Cool revive esse mundo mas com outra ótica. É sobre um cara, agora escritor de renome, que escreve sobre o período que era um estudante tímido da escola de sua cidade natal. Seu livro de maior sucesso revive os momentos que ele passou sendo um estudante que era apaixonado pela cheerleader que nunca retribuiu seu amor, pois, nem ela mesmo sabia desse sentimento.
20 anos após terminar o high school, após obter sucesso como escritor, ele é convidado a retornar sua cidade natal para fazer um discurso para turma de formandos. Ele aproveita a oportunidade para resolver alguns assuntos que ficaram pendentes durante todo esse tempo, principalmente, a paixão avassaladora de sua adolescente que hoje é uma farmacêutica infeliz, recém-separada.
Querem saber o final da história? É só assistir. O filme é legal, não é nenhuma brastemp, mas dar para assistir e tem bons momentos.

Monday, October 24, 2005

Vagabond #1 (Ed. Conrad)


Vagabond #1 (Ed. Conrad)
Personagens:
Shinmen Takezosama
Hon’iden Matahachi
Akemi
Okoo
Tsujikaze Tenma
pai de Takezo (em flashback)
Bando Tsujikaze


Comentários:
Não sou um expert em mangá! Para falar a verdade, até pouco tempo abominava esse tipo de quadrinho, mais por preconceito do que por conhecimento. Não lia e não gostava! Às vezes, essa afirmação (ou melhor, negação) é totalmente prejudicial à nossa formação cultural, por conseqüência, intelectual. Só que... o mundo dá voltas e não podemos ser ignorantes como uma porta. Após a Panini lançar Lobo Solitário, comecei a ler e a gostar... gostar muito desse tipo de manga. Uma verdadeira obra-prima do quadrinho. Ler Vagabond foi apenas mais um passo inevitável e fundamental. Hoje, continuo não muito conhecedor do estilo japonês de contar histórias em quadrinhos, mas, pelo menos, cultivo o hábito de ler 2 verdadeiras pérolas da cultura oriental. Depois desse depoimento, ou em outras palavras, testemunho, vou comentar sobre Vagabond, afinal, esse post só possui este objetivo.
O principal motivo que me fez comprar Vagabond, além do já acima citado, foi também a arte. Sim... e que arte! Impecável! Em certos momentos, beirando até a perfeição. Takehiko Inoue constrói sua obra de forma artesanal, brilhante, intercalando lindos quadros do cenário do Japão feudal com fisionomias perfeitas. Como se dizem por aí, tudo foi feito na mão grande, no preciosismo perfeccionista de um ourives que busca a perfeição para fabricar a jóia perfeita, admirada por todos. Inoue é esse tipo de ourives. Porém a história não fica tão aquém da arte. Não chega a ser tão brilhante quanto a última mas, se considerarmos que uma boa arte auxilia na narrativa... e devemos sim, considerar esse aspecto... então Vagabond chega a ter uma narrativa quase toda cinematográfica, baseada em ângulos que ajudam o leitor explorar o máximo a tensão, o drama e todos os sentimentos intrínsecos à história.
Pois é, falando especificamente do enredo, Vagabond conta a história do famoso samurai japonês Musashi. Um verdadeiro mito que... existiu no Japão feudal. Nesse primeiro volume de Vagabond, somos apresentados a 2 principais personagens: Shinmen Takezosama (que mais tarde, se tornaria mais conhecido como Musashi) e seu amigo e conterrâneo Hon’iden Matahachi. Ambos saíram de sua cidade natal para se tornarem famosos samurais. Contudo, na batalha de Sekigahara, eles participam do exército que foi dizimado. Derrotados, eles vagam pela floresta até encontrarem uma linda menina, Akemi e sua misteriosa mãe, Okoo que vivem sozinhas, isoladas numa casa após Tsujikaze Tenma e seu bando terem matado o pai de Akemi e, por conseqüência, marido de Okoo.
As duas cuidam dos aspirantes à samurais até eles ficarem bons. Mas Tsujikaze Tenma e seu bando descobrem que mãe e filha estão indo aos campos de batalha para saquearem os mortos. Eles querem isso e algo a mais. Cabe a Takezo e Matahachi protegê-las de tais vilões.
Partindo dessa premissa, Inoue, como já dito, cria uma HQ espetacular, com belas imagens e uma narrativa ágil. Perfeito para exterminar de vez qualquer preconceito que algum leitor tenha com relação aos mangás. Imperdível leitura!
Escrito por Pablo Vieira

Wednesday, October 12, 2005

Gibi é coisa de criança!?!?!?




Esse texto é uma espécie de rascunho que escrevi para sair numa revista de um grande amigo meu (e tb excelente desenhista) - Edu Santana. Então, se houver alguns erros, por favor, não me liguem. Ainda não tive tempo para fazer uma completa e definitiva revisão. Mas, chega de papo-furado, vamos ao texto!
“Gibi é coisa de criança!” Está parecendo até clichê mas, infelizmente, quase sempre ouço esta afirmação. Na verdade, para boa parte das pessoas, HQs (Histórias em Quadrinhos) só existem para entreter crianças. Muitos chegam a essa conclusão por causa de um dos grandes males que assola a humanidade: o julgamento prévio, definitivo de algo que não se conhece. No bom e claro português: é o preconceito! A difusão desse preconceito, além de ser injusta, afasta alguns potenciais leitores de uma manifestação artística legítima e criativa. Por medo do estigma ou pela cômoda situação de não contrariar a maioria, as pessoas instintivamente se privam do prazer obtido ao ler uma boa tira ilustrada. Mas, vou logo avisando: o gibi não é apenas endereçado à uma faixa etária ou a um período de vida. As HQs são simples, complexas, únicas, diversas, artificiais, profundas, enfim, elas são exatamente do jeito que toda arte deve ser!
Vários são os exemplos para comprovar essa tese. Para ilustrar, podemos citar “Mafalda”, tira cômica escrita e desenhada pelo artista argentino Quino. As tirinhas de Mafalda contam as aventuras vividas por uma garotinha que diante de situações corriqueiras dispara frases que são verdadeiras pérolas filosóficas, políticas e, conseqüentemente, existenciais. Dizer que Mafalda foi feita para crianças é o mesmo que rotular Os Simpsons como um programa infantil por ser um desenho animado e por falar de personagens amarelos com 4 dedos que não existem no nosso mundo “real”. Por analogia, descrever Peanuts (Snoopy e a turma do Charlie Brown) como uma tira inocente, superficial e infantil é querer se esquivar de conhecer o universo criado por Charles Schultz, habitado por personagens profundos, situações absurdamente reais e temas catarticamente universais. Do mesmo modo, não há como negar a genialidade de Will Eisner e suas graphic novels – verdadeiros exemplos de como as HQs podem atingir o status de “romances gráficos”. Neil Gaiman com sua máxima criação, Sandman, explorou ao máximo os recursos que a nona arte (as HQs) poderia oferecer e não ficou devendo nada aos grandes livros da literatura mundial. Sem falar na qualidade artística de criadores como Alan Moore, Frank Miller, Grant Morrison, Brian Bendis, Pete Bagge etc. E não posso deixar de citar um ótimo exemplo de como as HQs não são apenas para crianças – Maus – obra-prima concebida por Art Spigelman, um judeu nova-iorquino que brilhantemente apresenta para o leitor a história de seu pai, vítima do holocausto e testemunha viva dos crimes praticados por Adolf Hitler durante a 2ª Guerra Mundial. Além de ser uma revista com uma narrativa magistral, verossímil, ela educa e o autor utiliza inúmeras figuras de linguagem próprias da literatura. Não por acaso, Maus ganhou o prêmio Pulitzer (honraria só dada a obras literárias e/ou jornalistícas) e faz parte do currículo básico de algumas escolas norte-americanas. Diante de tudo isso, podemos dizer que existem gibis para diversos públicos. Desde os mais simples até os mais intelectualizados, passando pelos alienantes e chegando aos mais politicamente engajados. Tem pra todo mundo!
Contudo, é hora de finalizar esse texto e como prega todo bom e competente manual de redação, é preciso finalizar em grande estilo, utilizando frases de efeito ou alguma coisa edificante. Estou pensando e não me vem nada de alegórico à mente. Ao reler o texto e ao chegar esse ponto, só consigo pensar sobre o preconceito e a já ultra-conhecida frase de Goebles – o ministro da propaganda do governo de Hitler. A frase é a seguinte: “Uma mentira dita mil vezes se torna uma verdade.” Não que a afirmação do começo desse artigo seja uma completa mentira. Ela é apenas uma pequena parte da verdade. Então, temos que reformular para o presente contexto, podemos dizer que: “Uma pequena parte da verdade dita mil vezes se torna uma verdade absoluta.” Isso talvez aconteça porque as pessoas, com receio de tentar descobrir um novo e fantástico mundo – o das HQs – comodamente preferem acreditar no que indiscriminadamente é dito sobre isso ou talvez, para elas, a verdade seja apenas um detalhe!
Escrito por Pablo Cruz Vieira em algum dia de outubro de 2005 na cidade de Jequié/Bahia

Saturday, August 13, 2005

Demolidor #18 (Panini Comics) = Daredevil vol.2 #60

Demolidor #18 (Daredevil #60)
Personagens: Demolidor, Homem Aranha, Luke Cage, Punho de Ferro, Sano Ren e alguns membros da Yakuza, a polícia de New York, Milla, Bem Urich.
A história:
o Demolidor convoca o Homem Aranha, Luke Cage e Punho de Ferro para o confronto final com a Yakuza. Depois de resolver esse problema, Matt Murdock precisa esclarecer para Milla o que ele pensa sobre seu casamento e se ele superou a morte de Karen Page, sua antiga namorada.
Comentários: O que sempre digo e não me canso de repetir é a maestria com que Bendis conduz uma história moderna de super-herói (ou, pelo menos, as histórias do Homem Sem Medo). Ele sabe equilibrar de forma muito competente a ação física com o tormento psicológico nas personagens. No começo da revista, a pancadaria come solta entre o Demolidor (com seus amigos) e a Yakuza. É o clímax do arco “O Rei da Cozinha do Inferno”, no qual Murdock se auto-intitulou o monarca de seu bairro e resolveu fazer uma limpeza. A Cozinha do Inferno não poderia ser mais lugar para o tráfico, as ações ilegais e os bandidos. O único erro de nosso herói foi pensar que poderia fazer tudo sozinho.
No decorrer do arco, ele percebeu esse erro e tentou consertar convocando alguns dos seus amigos-heróis para poder expulsar a máfia japonesa de seu território. Foi um final perfeito para um arco espetacular. Depois disso, nessa mesma revista, Bendis mostra que, apesar da vitória, a mente de nosso herói cego está em frangalhos. Ao chegar em casa após o embate, Matt encontra Milla triste, deprimida e com perguntas que precisam ser respondidas! Será que Matt ainda não esqueceu a morte de Karen Page e suas atuais atitudes nada mais são do que ações equivocadas de um homem sem rumo, desesperado e cheio de dúvidas? E o seu casamento? Foi por causa do amor que sente por Milla ou apenas é mais um tipo de fuga para esquecer o previamente citado evento trágico?
Milla, visivelmente, não gosta das resposta do Herói Sem Medo e o deixa em seu apartamento à mercê de suas atuais dúvidas.
Está preparado o terreno para mais um arco. Para apimentar mais ainda, aparece a Viúva Negra, outra ex-namorada de Matt Murdock.

Monday, July 11, 2005

Maus I - A História de um Sobrevivente (Art Spiegelman) (Cia. das Letras)

Maus I - A História de um Sobrevivente

Em breve, review!

Sunday, July 10, 2005

Superman: Identidade Secreta #3 de 4 (Editora Panini)

Superman: Identidade Secreta (parte 3 de 4)
História:
O Clark Kent (da vida real) se estabelece! Torna-se um escritor de sucesso, tem uma esposa que ama, consegue construir a casa de seus sonhos e, ainda tem tempo para salvar o resto da humanidade. Porém, além de continuar sendo perseguido pelo governo norte-americano, ele é surpreendido por uma notícia que mudará completamente sua vida: ele será pai! Sim! Super “Papai” Man!
Comentários:
Tudo como dantes no Reino da Dinamarca! Busiek mantem o ritmo com uma história que prende a atenção do leitor da primeira à última página, fazendo fluir uma história legal que poderia cair de nível se fosse escrita por algum roteirista não tão competente quando ele.
A arte também não fica atrás. Immonen, nesta minissérie, é competente ao extremo. Ele mescla cenas cotidianas com ações impactantes de um super-ser com uma naturalidade elogiável. Ele não deixa de criar belos painéis que nos fazem lembrar do excelente Tim Sale, mais pela proposta do que pelo estilo. Os desenhos de Immonen homenageando as antigas tiras do Super são dignos de nota. Enfim, é a HQ moderna de qualidade: elementos fantásticos mesclados com preocupações cotidianas inerentes a qualquer mortal de carne-e-osso. Está tudo lá: o governo querendo usar e manipular uma Super-Arma, um ser diferenciado querendo apenas ser normal, e a ansiedade normal comum as pessoas que se tornarão pais pela primeira vez, ou melhor, “Super-Pais”, ou melhor ainda, “Super-Papai”. Entenderam?
Espero que sim!
Escrito por Pablo Vieira no dia 10/07/2005

Saturday, July 02, 2005

Demolidor #17 (Panini Comics) = Daredevil #59

Demolidor #17 (Panini Comics) (O Rei da Cozinha do Inferno – parte 4) referente a edição americana DAREDEVIL #59 (Junho/2004)
Personagens da história:
Milla, Ben Urich, Sano Orii (membro da Yakuza), agente Driver, agente Del Toro, Foggy Nelson, Matt Murdock, Jessica Jones (da série Alias), Luke Cage (o herói de aluguel), Punho de Ferro, Homem Aranha.
História:
Os membros da Yakuza foram libertados e estão, literalmente, tomando conta da Cozinha do Inferno. Ainda sobre tratamento médico (afinal, Matt foi gravemente ferido após uma briga com membros da Yakuza), Matt e Ben conversam sobre o atual estado psicológico do nosso herói cego. Ben argumenta que tudo que está acontecendo atualmente na vida de Matt tem uma origem plausível: a morte de sua antiga namorada, Karen Page. Matt, por sua vez, nega veementemente mas admite que sua vida não está normal. Enquanto isso, Sano planeja controlar de vez a Cozinha do Inferno.
Sabendo do plano de Sano e, em parte, recuperado dos ferimentos, Matt Murdock resolve pedir auxílio a um grupo especial de amigos para poder derrotar a máfia chinesa. Esses amigos são nossos velhos conhecidos: Luke Cage, Punho de Ferro e o Homem Aranha.
Comentários:
Dizer que essa é mais uma ótima história de Bendis é o mesmo que chover no molhado. Então, não preciso nem dizer. Muito menos que a arte de Maleev complementa de forma brilhante o roteiro. Isso todo mundo já sabia ou teria que saber. Rasgação de seda à parte! Vale ressaltar o equilíbrio entre os elementos da história: tem ação (num atentado, o agente Driver é morto pela Yakuza), drama (o estado emocional de Matt talvez causado pela morte de Karen?!?), romance (como o Demolidor se sente bem ao lado de Milla), reviravolta (Matt admite que errou ao tentar resolver tudo sozinho e pede a ajuda dos amigos), clímax (a chegada dos heróis ao QG da Yakuza) e suspense (será que Foggy contará a Milla tudo sobre o relacionamento de Matt e Karen?!?). Não há como negar: as 22 páginas da história são lidas rapidamente, criando a expectativa de “quero mais!”. Se não é uma obra-prima, pelo menos, é entretenimento puro, é quadrinhos na melhor acepção da palavra!
Bendis e Maleev rule!
Obs.
- Como sempre, Bendis arruma um espaçozinho para sua personagem-protagonista da série Alias – Jessica Jones.
- Para quem é leitor antigo de HQs é legal ver a dupla Punho-de-Ferro & Luke Cage juntos novamente!
- A aparição do cabeça-de-teia é cômica, não importa a situação.
- O clima sombrio, o ambiente dark me agrada nas histórias do Demolidor. Bem que poderiam fazer um filme do Demolidor sem Ben Affleck, capturando essa atmosfera das HQs do "herói sem medo". Que tal um Daredevil Begins?